Você muito provavelmente já ouviu falar de biossegurança, mas você sabe o que isso significa? Normalmente associamos esse termo com doenças perigosas e lixo contaminado como os de hospitais. Realmente, essas visões não estão erradas, mas ainda existem outros lugares onde a biossegurança pode ser aplicada!
A biossegurança são ações e regras para a segurança biológica para proteger as pessoas envolvidas de algum risco biológico. Ela é comumente aplicada em laboratórios, mas também em situações onde há um risco envolvido. Um exemplo muito claro disso foi a pandemia, quando o vírus da COVID-19 se espalhou pelo mundo, fazendo com que locais comuns adotassem medidas de biossegurança.
Conceitos de biossegurança
Todas as instituições lidam com riscos biológicos, sejam laboratórios ou instalações industriais, precisam seguir um padrão de qualidade e normas que devem ser obedecidas para garantir a segurança da equipe e do ambiente ao redor. Essas regras estão escritas em manuais de biossegurança, de acordo com as aplicações de cada instituição.
Equipamentos de segurança biológica são comuns entre os termos de biossegurança, determinados entre equipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC). Eles são essenciais para evitar a contaminação e para proteger de riscos químicos, físicos, entre outros.
Dentre os EPIs mais comuns estão óculos de proteção, jaleco, máscara e luvas. Algumas vezes, itens de higiene pessoal também podem ser considerados EPI, como o álcool gel. Os EPCs mais comuns são a ventilação do local, sinalização de risco, extintores, capelas, chuveiro de emergência e lava-olhos.
Algumas instalações, principalmente laboratórios, podem ser classificadas entre quatro níveis de biossegurança: NB-1, 2, 3 ou 4, sendo que quanto maior a classificação, maior o risco e o equipamento de proteção é necessário para contê-lo.
As classificações de 1 e 2 são chamadas de básicas, que podem ser aplicadas em laboratórios de ensino ou pesquisa e laboratórios que oferecem serviços básicos de saúde. A maioria dos EPIs e EPCs são simples e incluem as boas práticas laboratoriais, sinalização e vestimentas de proteção simples (jaleco, calça comprida e sapato fechado).
Já o NB-3 é de contenção e se aplica a serviços de diagnóstico especializados. Além dos equipamentos de proteção do NB-2, ele exige que haja controle de acesso, ventilação direcionada e equipamentos mais específicos.
Por fim, o NB-4 é aquele com contenção máxima, com manuseio de agentes patológicos de alto risco. Ele possui todas as medidas de proteção do NB-3 com a adição de contenção do ar e vestimentas muito mais complexas. Normalmente, laboratórios que manipulam e desenvolvem organismos geneticamente modificados são classificados como NB-4.
A biossegurança no dia a dia
Não é todo mundo que se encontra em um ambiente laboratorial de maneira corriqueira, mas ainda assim existem exemplos onde podemos encontrar a biossegurança. Um grande exemplo foi durante a pandemia, quando todos foram forçados a adotar medidas de higiene muito rígidas. Mesmo em estabelecimentos, foi necessário colocar sinalizações de uso de máscara obrigatório e de orientações de distanciamento entre as pessoas.
Além disso, a biossegurança também pode ser aplicada em estabelecimentos mais industriais, auxiliando com os mapas de risco, POPs e MBPF, que contém explicações dos riscos do lugar e as maneiras de como evitá-los!
Por fim, sabe qual profissional pode ser o responsável por pensar na biossegurança dos estabelecimentos mais variados e elaborar manuais, alertas e mapas de risco? Isso mesmo, engenheiro de bioprocessos e biotecnologia tem o conhecimento necessário para essa tarefa!
Imagino que, com tanto conteúdo, sua curiosidade tenha despertado! Uma dica: continue navegando pelo site da BioPhi. Saiba mais sobre a biossegurança na área de bioprocessos e biotecnologia!