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Como a biotecnologia atua na produção de alimentos

Nesse post vamos dar maior enfoque para a participação da biotecnologia na produção de alimentos, uma área muito importante da biotecnologia que muitos já viram mas não sabiam o que estava por trás.

Histórico

     A biotecnologia pode até parecer um conceito moderno e complexo, mas é utilizada pelo homem há milhares de anos na produção de alimentos muito básicos, como pães e queijos, além das bebidas já anteriormente citadas em outros posts do blog. Para isso, são utilizados fungos, como leveduras, que realizam o processo de fermentação, o qual compreende uma série de reações enzimaticamente controladas, a partir das quais uma molécula orgânica (glicose) é degradada em compostos mais simples, liberando energia.

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Outros alimentos

     Porém, a biotecnologia também é fundamental na produção de muitos outros alimentos essenciais para o dia a dia. Dentre eles podemos citar o vinagre, que passa pelas fermentações alcoólica e acética, leites fermentados, iogurtes e coalhadas, que passam por fermentação láctica, além dos flavorizantes, aromatizantes e corantes.

     Todos esses fungos, leveduras, bactérias, algas e macromoléculas são de extrema importância para o mercado alimentício e ajudam na produção de alimentos mais saudáveis, seguros e até acessíveis economicamente.

     Mas a evolução da biotecnologia permitiu novas aplicações, com objetivos como realçar o sabor, agregar textura, mudar cor e consistência e até mesmo aumentar a quantidade de vitaminas presentes nos alimentos. Podendo também ser usada para o retardo de envelhecimento e aumento da durabilidade de diversos produtos.

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Outras aplicações

  • Superalimentos : a técnica da biofortificação é responsável por incrementar os alimentos com nutrientes, que quando ausentes estão associados com algumas doenças crônicas. Como exemplo disso podemos citar batata-doce, milho e mandioca enriquecidos com betacaroteno ou até mesmo arroz e feijão com uma carga maior de ferro e zinco. Além da possibilidade de adição de vitaminas e antioxidantes que auxiliam na prevenção do envelhecimento e câncer.
  • Organismos geneticamente modificados: muito conhecidos como transgênicos, esses alimentos apresentam características agronômicas introduzidas geneticamente e são muito importantes tanto para os produtores quanto para os consumidores. Esses possibilitam alternativas para o controle de pragas e aumento da produtividade, causando menos danos ao meio ambiente do que com as técnicas químicas já conhecidas.Como exemplos podemos citar sementes mais resistentes, soja resistente a herbicidas e milho resistente ao ataque de insetos.

O consume de alimentos geneticamente modificados é seguro?

     Um questionamento muito comum com relação aos OGMs é se esses alimentos são seguros e podem ser consumidos sem maiores preocupações. A resposta é SIM! Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esses alimentos não apresentam mais riscos à saúde humana do que os alimentos considerados convencionais.

     Também é importante ressaltar que, antes de ser aprovado para consumo, qualquer produto biotecnológico passa por avaliações muito rigorosas e vistorias extremamente rígidas. No Brasil, a CTNBio é quem controla esse processo e detém a exclusividade de autorizar a comercialização de transgênicos (estabelecido pela lei de biossegurança 11.105/2005), além de ser a última e definitiva instância a decidir sobre a necessidade de licenciamento ambiental antes da liberação do uso de algum transgênico.

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Veja alguns exemplos:

  • Vistive Gold: é uma variedade de soja geneticamente modificada, produzida pela Monsanto nos Estados Unidos e representa um dos primeiros produtos biotecnológicos com benefícios nutricionais aos consumidores. É resistente a glifosfato e apresenta 85% menos gordura saturada do que o óleo de palma, 70% menos do que a gordura vegetal e 60% menos do que o óleo de soja, além de ser um produto de alto rendimento.
  • Golden Rice: ou arroz dourado, é uma variedade de arroz produzida por meio de engenharia genética para biossintetizar o betacaroteno  (precursor da vitamina A), destinado para consumo em áreas com deficiência de vitamina A, que é essencial para o crescimento e desenvolvimento dos tecidos da pele.
  • Maçãs Okanagan: alternativa com aditivos químicos que mantêm a maçã fresca, evitando a oxidação e escurecimento quando exposta ao ar, permitindo que parte da fruta seja guardada para ser consumida mais tarde sem apresentar danos.

Você já conhecia ou já consumiu alguns dos alimentos citados acima? Ficou interessado sobre o nosso conteúdo? Entre em contato conosco!

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